quinta-feira, 18 de agosto de 2016

rio liz

O Rio Lis é um rio português que nasce junto da povoação das Fontes, dois quilómetros e meio a Sul da freguesia de Cortes, a que pertence, ao distrito e concelho da cidade de Leiria. Esta cidade é banhada pelas suas águas, onde se juntam também às do Rio Lena. A parte inicial do seu percurso é feita no sentido Sul-Norte, acabando, nos seus quilómetros finais, por ter o sentido Este-Oeste.
O rio surge numa zona calcária, passa pelas Cortes e intersecta a cidade de Leiria, com as margens quase todas ocupadas por jardins e percursos pedestres. No seu troço intermédio, depois do rio passar pela malha urbana, formam-se planícies aluvionares, às quais se deu o nome de Campos do Lis. Os Campos do Lis são característicos pelos vários canais e açudes utilizados para regar os terrenos agrícolas, nos quais nascem campos de milho, extensas zonas de horticultura e os mais variados pomares. Ao longo do rio podemos encontrar as suas margens repletas de caniços, freixos e salgueiros, bem como as mais variadas aves.[1] Muito ocasionalmente, em alturas de precipitação intensa, o rio aumenta de caudal e inunda os campos circundantes, apesar da situação já estar controlada com a construção dos açudes. No seu percurso final, o rio passa junto ao Pinhal de Leiria, e acaba por desaguar no Oceano Atlântico, a norte da Praia da Vieira, freguesia de Vieira de Leiria e concelho da Marinha Grande, após percorrer uma extensão de cerca de 39,5 quilómetros. Com população rica em espécies piscícolas e muito procurado para eventos de pesca desportiva no seu trajecto em Leiria, hoje (2008), as espécies que aí nidificavam reapareceram substancialmente. Para quem chega agora ao Rio Lis em Monte Real fica deslumbrado com a paisagem. A excelente situação geográfica e as condições criadas para a pesca desportiva encantam qualquer um, pois peixes não falta nas águas do Rio Lis.
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vieira de Leiria



Fundada a 30 de Janeiro de 1947, tendo com seu primeiro comandante Joaquim Tomé Féteira, sendo que o Quartel situava-se numa garagem cedida por António Teodósio Pedrosa, o actual Quartel situa-se na rua 25 de Abril e foi inaugurado em 30 de Janeiro de 1994, aquando dos festejos do 47º Aniversário desta Corporação.

Conta neste momento com cerca de 80 membros na sua Corporação e cerca de duas dezenas de viaturas e ainda uma equipa de socorro a náufragos.


A história



O naufrágio de um dos barcos da companha de Manuel da Silva Sapateiro, na manhã de sexta-feira de 15 de Novembro de 1907, foi o maior desastre com perda de vidas de que há registo nos anais da praia, e constituirá para sempre um marco histórico na memória coletiva dos pescadores da Praia da Vieira.
Os nomes dos pescadores mortos, ou feridos no naufrágio são o triste epitáfio de uma época marcada pela mais extrema miséria, aceite com fatal resignação pela simplicidade e humildade das gentes da praia, vergadas ao seu amargo destino, obrigadas a pagar ao mar com o oneroso tributo das suas vidas, o amargo pão de cada dia.
O luto pelos mortos, veio ensombrar ainda mais a já negra e miserável existência daquelas pobres gentes, "os párias do mar", como Aquilino Ribeiro os apelidou, no seu romance "A Batalha Sem Fim".
Especialistas e eruditos locais como Hermínio de Freitas Nunes, mais do que como discentes, são sobretudo necessários, como docentes ou investigadores, em quaisquer escolas que de facto queiram sair de si próprias e ser capazes de estudar algo mais do que o seu próprio umbigo.
Que pode haver, de resto, mais interessante do que a história de homens verdadeiros - homens corajosos - que é a história dos pescadores...?
A descrição do acidente marítimo é relatada por Francisco Oneto Nunes, na obra “Vieira deLeiria-A História, O Trabalho, A Cultura”, que lembra as palavras do escritor vieirenseAntónio Vitorino sobre o assunto. É referida a tensão “quando os homens dentro do barco seapercebem de que estão à beira do desastre, sempre seguidos na sua angústia por aqueles outros que estão em terra sem lhes poderem acudir”.
Enquanto uns caíram ao mar com o impulso da onda e nadaram, outros ficaram presos no barco
abalroado e morreram, fazendo com que este trágico acidente fosse perpetuado, pelos pioresmotivos, na memória da população de Vieira de Leiria.
Um século depois, em 15 de Novembro de 2007, a Câmara Municipal da Marinha Grande homenageou os bravos homens que perderam a vida nesse naufrágio, erigindo junto do "Monumento ao Pescador", uma escultura em honra dos 13 bravos que constituíam a tripulação do “Salsinha”.